quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Era Dunga? Ou, Dunga já era?


Pois é. Bastou o Dunga perder a invencibilidade como treinador da seleção brasileira para as primeiras críticas surgirem. Mas, para surpresa geral, os comentários mais críticos não foram para o desempenho da equipe. O centro das atenções é o figurino do técnico. Chamou especial atenção seu visual no recente jogo contra Portugal. Causou certa estranheza vê-lo à beira do campo só de camisa, sem agasalho, em pleno frio do inverno londrino. Sem dúvida nesse caso pesou mais o fator estético do que o fator climático, e sua personal stylist (a própria filha) não quis abrir mão do modelo escolhido, contrariando a lógica da situação. Há até quem já sinta saudades do Zagalo, despojado como ele só, a bordo de um jaquetão de nylon cinco números maior que seu manequim. Definitivamente o look “bicheiro-de-escola-de-samba” não pegou bem pro nosso Dunga.
Cá pra nós. Era pedra cantada que o visual do Dunga seria alvo de críticas. Bastava a primeira derrota e o primeiro desempenho vacilante da seleção. Nada contra o figurino do nosso treinador. Mas quando ele se destaca mais do que o futebol da seleção alguma coisa anda errada. Tudo passaria batido, não fossem as derrotas que costumam jogar gasolina na fogueira das críticas. Hoje Dunga e seus trajes são motivos de piadas na imprensa mundial.
O problema daqui pra frente é o risco do Dunga ficar prisioneiro de seu estilo de vestir e dele não mais poder renunciar. Se insistir nos modelitos fashion a alguns parecerá que está comprando a briga com seus críticos. Se abandonar as grifes poderá sinalizar que entregou os pontos.
As editorias de moda dos jornais estão de olho nessa pauta e já estão solicitando credenciamento pra acompanhar mais de perto os próximos amistosos da seleção brasileira. O futebol nunca esteve tão na moda. Seria essa a maior façanha da nova “Era Dunga” na seleção?

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